Espetáculo “O Museu É a Rua” do Grupo de Arte Popular A Pombagem
Trata-se de um ambiente em que se defende uma tese em formato bastante alternativo. No espaço público das praças e logradouros, e não nos doutoramentos das universidades, a tese de que “O Museu É a Rua” parte de duas premissas: a primeira traz a perspectiva de que Museu é Poeta, e não uma instituição. A segunda compreende o Museu como Fórum, e não como Templo. O espetáculo busca a sua fundamentação nas Trovas Burlescas de Luis Gama, mais especificamente em seu poema “Lá Vai Verso”. De acordo com o poeta, a inspiração vem de uma musa africana: a Musa da Guiné. É justamente esta entidade que inspira o museu que acontece para além dos muros do edifício museal. Portanto, é um espetáculo que questiona o paradigma museológico tradicional e apresenta o referencial afro-diaspórico como uma proposta de museu de rua.

O Grupo de Arte Popular A Pombagem surgiu em 2009 na periferia de Salvador, mais especificamente nas ruas e praças dos bairros de Fazenda Grande do Retiro e São Caetano. Os pombos, como são chamados os membros do coletivo, escreviam poesias que refletiam os dramas sociais de suas comunidades. Com o passar do tempo, as poesias dos pombos foram se transformando em dramaturgias para espetáculos de teatro de rua.

FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Fabricio Brito
Figurino: Bia Gigante
Preparadora de corpo: Leila Kissia
Preparadora de voz: Camila Ceuta
Museóloga: Manuela Ribeiro
Elenco: 14 poetas populares da Bahia